Uma das minhas primeiras memórias é de ouvir as pessoas comentando com minha mãe: “ela fala bem né, menina?”. Uma maneira gentil de dizer que eu era uma tagarela que vivia perguntando o porquê de tudo que via.

Quando aprendi a ler, queria viver todas as aventuras da Turma da Mônica. No trajeto diário de ônibus para a escola, tentava compreender tudo que via pela frente, mas acabava ficando enjoada. Outdoors, placas e pichações nos muros passavam como uma roleta diante de mim… nada escapava.

Assim descobri a comunicação.

O resto é história – dos outros.

O texto a seguir foi escrito pela jornalista Géssika Costa

Andando pelo mundo com os pés no chão — como quem observa e sente a onda se aproximando e quebrando devagar na enseada — Dayane Laet gosta mesmo é de percorrer os caminhos do jornalismo olho no olho. Parece sempre buscar pavimentar a vida das pessoas com boas notícias e otimismo para um amanhã encarado como incerto.

Sua alma e lida de repórter batem à porta de cada personagem para pouco perguntar e mais ouvir. Com eles, entende que o silêncio também é resposta e é por isso que o respeita e o admira. Acredita que as palavras são como respiros capazes de conduzir esperança e suavizar cicatrizes.

Tem profunda ligação com o jornalismo de causas e, durante a sua trajetória profissional, conquistou diversos prêmios locais e nacionais com trabalhos relacionados aos Direitos Humanos, Diversidade e Meio Ambiente. Embora os pódios sejam relevantes, considera que seus verdadeiros louros são as histórias inspiradoras de pessoas que muitos não enxergam como gente.

Dayane Laet persegue seu propósito de dar voz aos invisíveis e contar histórias que importam. Olhar atento e escuta ativa, ela ainda vai impactar vidas pela teimosia em acreditar no poder transformador das palavras.